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POR QUE VIDAS NEGRAS SEMPRE IMPORTARAM NA MÚSICA

Atualizado: 22 de out. de 2021


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Black Lives Matter, traduzindo "Vidas Negras Importam" é um movimento ativista internacional com origem na comunidade afro-americana em campanha contra a violência direcionada às pessoas negras.

Pra mim o racismo muito evidente até os dias atuais é contraditório no mundo musical onde o negro sempre ensinou o branco a fazer música, a usar a voz, a compor e até a dançar.

Onde o negro sempre influenciou e deu início a carreira de vários intérpretes brancos, famosos compositores e coreógrafos que tentam incansavelmente imitá-lo.


Quando Elvis Presley cantou no rádio pela primeira vez em 1954, houve um congestionamento nas linhas telefônicas da rádio porque todos queriam saber quem era o negro que estava cantando "That ’s All right".


A voz de negro contrastava com a aparência de garotão branco, de olhos azuis e cabelos naturalmente loiros que foram tingidos de preto mais tarde. Elvis sempre foi ligado à música negra, tinha como influência os intérpretes negros do Mississipi e os cânticos gospel que entoava na igreja e mesclava tudo isso com o ritmo country de brancos como Roy Acuff.


O rapper norte-americano Eminem embora seja branco e de olhos claros, adota a postura e o comportamento dos rappers negros, deixando clara a impossibilidade de dissociar o ritmo da cor.


As cantoras pop Joss Stone, Anastacia e Adele que são brancas, se destacam por possuírem a potência vocal de cantoras negras do soul music norte-americano. E pra entender o que é essa potência vocal tão respeitada, tente ouvir Aretha Franklin conhecida como a rainha do soul “a voz do Movimento dos Direitos Civis”, “a voz da América Negra” e “um símbolo da igualdade racial”.


Um dos seus singles de sucesso é “I say a little prayer”. Aretha foi a segunda cantora a possuir mais prêmios Grammy na história.


Ouça Nina Simone, cantora de jazz e blues grande ativista pelos direitos civis dos negros. Entre seus principais singles de sucesso: “I put a speel on you“ e “Feeling good”.

Ouça Ella Fitzgerald, 14 Grammys , lembrada por ter uma enorme extensão vocal, com dicção e entonação impecáveis. Entre seus sucessos, “Dream a little dream of me”.


A música uma das formas mais significativas de expressão mostra negros e brancos, brancos e negros de mãos dadas em todos os gêneros musicais há séculos.

Pra você ter uma ideia entre os estilos originados da fusão da música negra e branca estão o jazz, o rock’n roll, o blues, o rhythm’n blues (R&B), o soul, o country, o samba, o chorinho, o rap, entre outros.


O rock, que virou um sucesso na década de 1950, unia um ritmo rápido com toques de música negra do sul dos Estados Unidos e de música country. Sua vertente negra produziu o soul na América e influenciou o reggae nos anos 70.


O rock nasceu do abraço das raças negra e branca.


A origem do rock está na África, mas sua primeira transformação foi nos EUA, uma vez que os escravos, proibidos de usarem seus tambores, tiveram que assimilar o instrumental da música branca dos colonizadores.


Por meio dessa interação de elementos, eles construíram uma relação dialética (ideias diferentes) entre ambas as músicas, dando a origem a produtos musicais híbridos (cruzamento de gêneros) como o blues, que, em geral, expressa a melancolia e é um dos gêneros mais presentes na gênese do rock.


Novos elementos foram incorporados aos ritmos híbridos, dando continuidade a uma cadeia de outros estilos. Um dos sons derivados dessa miscigenação musical migrou para o norte dos EUA e lá se transformou, ganhando uma batida simples e tensa que deu origem ao rhythm ’n' blues, o R & B.


Outro descendente do blues é o jazz, que conquistou seu espaço tanto na cultura negra quanto na cultura branca.

Mais um ritmo oriundo da cultura negra e influenciado pela cultura branca é o funk – berço de diversos outros estilos rítmicos atuais.

O funk nasceu nos EUA, na década de 1960, através da união do jazz com a soul music e se tornou realmente difundido pelo sucesso de James Brown (já falecido cantor negro da época). No Brasil Ganhou força no Rio de Janeiro, onde começou produzido e cantado por moradores de morros e favelas, negros em sua maioria. Hoje, ele atinge a “cultura branca”, que habita a Zona Sul da cidade e de bairros “elitizados”.

O rap surgiu nos anos 1970, como expressão musical dos guetos norte-americanos, sob influência direta dos imigrantes jamaicanos da época.

Desses conceitos se desenvolveu o hip hop sucesso em baladas exclusivas que reverênciam o gênero e também muito presente nas rádios e entre as 100 mais da Billboard.


A própria MPB, que entre os séculos XVI e XVIII misturou sons africanos, cantigas populares e músicas eruditas européias. Posteriormente, a MPB foi marcada pelo ritmo africano lundu e pela modinha portuguesa.

E o chorinho foi a mistura desses dois com a dança de salão europeia.

O samba tem origem afro-baiana com tempero carioca. O ritmo, descendente do lundu, veio para o Brasil no início do século XX.


De uma maneira geral, esses ritmos são expressões da cultura negra, misturando raízes

norte americanas, jamaicanas e africanas.


Na música o que vejo é mais que a importância de vidas negras. Vejo nitidamente o respeito a admiração e o reconhecimento do branco que sem a influência a criatividade o gingado a voz e a expressividade dos negros não chegaria onde hoje está.

É uma pena que fora da música ainda exista tanta violência e ódio por um tom de pele escuro, como se a cor ditasse a alma ou pudesse simplesmente ignorar toda a cultura e riqueza que vem com a raça negra.



🎞️ Confira o vídeo deste conteúdo no meu canal no YouTube: https://youtu.be/U_fFfTdS60w


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